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Preconceito mata o futebol feminino lamenta Técnico da Seleção brasileira




Para Vadão, maior adversário do Brasil para chegar ao ouro nas Olimpíadas de 2016 está no próprio Brasil: "Precisamos de mais jogadoras, mas existe um obstáculo aí"

Por São José dos Campos, SP
Vadão técnico da seleção brasileira de futebol feminino São José (Foto: Tião Martins/ PMSJC)Em São José, Vadão acompanha Libertadores feminina
e fala sobre preconceito (Foto: Tião Martins/ PMSJC)
Quando trocou o futebol masculino pelo feminino, o técnico Vadão pensava que seu maior desafio como comandante da seleção brasileira estaria dentro de campo. Mas hoje a visão é diferente. E Oswaldo Alvarez afirma: o maior obstáculo está fora das quatro linhas. É o preconceito. Poucas meninas se interessam pelo esporte antes mesmo de conhecê-lo, segundo Vadão.
- Nós não jogamos futebol feminino no Brasil todo. A gente joga só em alguns lugares pontuais onde prefeituras e clubes apoiam. Os outros países estão ficando na nossa frente exatamente por isso. Eles estão jogando com meninas desde os seis anos de idade. Aqui nós ainda corremos o risco do preconceito. Carregamos esse preconceito que mata o futebol feminino - afirmou Vadão, que acompanha a Copa Libertadores feminina em São José dos Campos, no interior de São Paulo.
De olho na Copa do Mundo de 2015 e nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, Vadão teme pela reformulação da seleção brasileira. Marta, principal estrela do Brasil, terá 30 anos de idade em 2016. A atacante Cristiane terá 31 e a meio-campo Formiga estará com 38.
Marta gol Brasil (Foto: Getty Images)Marta terá 30 anos de idade nas Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro (Foto: Getty Images)

- Temos que tirar esse preconceito aqui no Brasil. Mostrar para as crianças que elas podem conhecer e se orgulhar do futebol. A maior luta minha, pelo futebol feminino, é realmente tirar esse preconceito que exite e pedir o apoio dos governantes, dos prefeitos. "Ah, futebol é coisa de homem, não é coisa de menina". Isso tem que acabar. O meu receio é assim: quando passar a Olimpíada, daqui a dois anos, o que vai ser do nosso futebol? Vamos ter atletas importantes que estarão próximas de parar depois de 2016. A própria Formiga, que é o símbolo da seleção brasileira, está com 36 anos. Então acho que precisamos, em todos os setores, rever essa questão do preconceito e jogar mais futebol entre as crianças - comentou Vadão.
A  maior luta minha, pelo futebol feminino, é realmente tirar esse preconceito que exite no Brasil
Vadão, técnico da seleção brasileira
Pela primeira vez neste ano o Brasil terá um representante no Mundial de Clubes, disputado em dezembro no Japão. Será o São José-SP, atual campeão da Libertadores. Mas Vadão alerta as "Meninas da Águia do Vale". Apesar de estarem no topo do futebol sul-americano, vão encontrar muita dificuldade no Mundial duelando contra equipes do Japão e, principalmente, contra o Arsenal, da Inglaterra.
- Nós rodamos o mundo com a seleção e encontramos times altamente treinados, com padrão tático altíssimo e muita profissionalização. Fizemos amistosos contra França, jogamos na Nova Zelândia, na Holanda, enfim, o futebol feminino está evoluindo no mundo inteiro e se aproximando cada vez mais do masculino. Nossa seleção também está evoluindo muito. Mas o que não evoluímos é no número de jogadoras que surgem. Tem país que tem 300, 400 mil jogadoras filiadas. Nós temos cinco mil apenas! Então estamos num caminho inverso.
São José feminino x Real Maracana Libertadores Martins Pereira (Foto: Tião Martins/ PMSJC)Libertadores feminina é realizada em São José-SP; time vai disputar Mundial no Japão (Foto: Tião Martins/ PMSJC)

A seleção brasileira disputa em dezembro o Torneio Internacional de Brasília. As jogadoras do São José serão poupadas por Vadão para disputarem o Mundial. Em 2015 a equipe disputará um torneio internacional na Suécia, além do Pan-Americano e da Copa do Mundo.
- Vamos ter um ano de 2015 pra medir bem nossa força contra os grandes e para vermos o patamar que estaremos perante às melhores seleções do mundo. Aí então estaremos prontos para uma grande Olimpíada em 2016 - projetou Vadão.
Fonte:  http://globoesporte.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2014/11/preconceito-mata-o-futebol-feminino-lamenta-tecnico-da-selecao-brasileira.html

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